[Sinagoga de Lisboa - Templo Judaico, Junho de 2009, FF]
«Não te curves senão para amar», aconselhava o poeta René Char.
O que poderá fazer então o arquitecto? De um modo simples: medir o
espaço; tirar o medo ao espaço de modo que a resultante seja o edifício
sobre o qual os homens e as mulheres digam, entre si, alto: lá dentro
curvo-me apenas por amor. Se tal suceder eis que o arquitecto não fez apenas
arquitectura, fez/construiu um fragmento do discurso amoroso.
«Não te curves senão para amar», aconselhava o poeta René Char.
O que poderá fazer então o arquitecto? De um modo simples: medir o
espaço; tirar o medo ao espaço de modo que a resultante seja o edifício
sobre o qual os homens e as mulheres digam, entre si, alto: lá dentro
curvo-me apenas por amor. Se tal suceder eis que o arquitecto não fez apenas
arquitectura, fez/construiu um fragmento do discurso amoroso.
in Narrativas sobre a Arquitectura (não sei o autor)
1 comentário:
Bela reflexão.
Conseguir projectar a alma desta maneira naquilo que fazemos é dar espaço amplo à vida, mesmo se este gesto seja só um fragmento.
Sem agora poder citar, lembro-me que, para alguns pensadores se existe alguém que consiga falar melhor da realidade (mesmo que isso seja difícil de fazer e entender) este será, então, o espírito artista.
Canto Turdus Merula
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