Para além do olhar, receio que as palavras que sejam mais do só queiram dizer É sabido desta forte magia que a palavra encerra dentro de si Efeito pelo qual de me deixo cativar e sem pensar totalmente fico preso dela Como tivesse perdido o rasto, perco-me no que trazem de volta Por ter corrido com elas os dias que nos batem de frente
Acrescento um excerto de um texto recente que ofereci a um amigo por me ter “provocado” abrir a palavra para utilizar o “verbo” e dizer o que vai na alma: “… gestos, dissipados no devir dos dias que nós batem de frente, semeiam, com a cumplicidade dos meus passos, agora aqui, outrora além, novos sons que florescem com cores de passos cruzados com gestos de outros. ...são coisas dos dias.”
Reconheço que quanto mais abrir a palavra para colocar o que vai alma, se corre o risco de ela transbordar os limites da uma certa “moral” que fecha a palavra, e abrir fissuras, onde, a única possibilidade “ideal” seria uma palavra fechada como fosse palavra-rótulo.
Mas para que não haja palavras minhas a tropeçar nas mãos e na alma Farei por dominar este impulso cativante da palavra, simplificando o meu uso da palavra, coisa que como aqui parece eu não ter ainda conseguido…
A nostalgia não deixará de existir por termos diferentes modos de sentirmos quando ela nos preenche totalmente a alma.
Objectos, artefactos interessantes dignas de outras vivências, que sobrevivem e resistem a um tempo feito de cliques e Bytes.
3 comentários:
Diz aí á Ti Celeste para arrancar a folha do calendário!
lindo...
Para além do olhar, receio que as palavras que sejam mais do só queiram dizer
É sabido desta forte magia que a palavra encerra dentro de si
Efeito pelo qual de me deixo cativar e sem pensar totalmente fico preso dela
Como tivesse perdido o rasto, perco-me no que trazem de volta
Por ter corrido com elas os dias que nos batem de frente
Acrescento um excerto de um texto recente que ofereci a um amigo por me ter “provocado” abrir a palavra para utilizar o “verbo” e dizer o que vai na alma:
“… gestos, dissipados no devir dos dias que nós batem de frente, semeiam, com a cumplicidade dos meus passos, agora aqui, outrora além, novos sons que florescem com cores de passos cruzados com gestos de outros.
...são coisas dos dias.”
Reconheço que quanto mais abrir a palavra para colocar o que vai alma, se corre o risco de ela transbordar os limites da uma certa “moral” que fecha a palavra, e abrir fissuras, onde, a única possibilidade “ideal” seria uma palavra fechada como fosse palavra-rótulo.
Mas para que não haja palavras minhas a tropeçar nas mãos e na alma
Farei por dominar este impulso cativante da palavra, simplificando o meu uso da palavra, coisa que como aqui parece eu não ter ainda conseguido…
A nostalgia não deixará de existir por termos diferentes modos de sentirmos quando ela nos preenche totalmente a alma.
Objectos, artefactos interessantes dignas de outras vivências, que sobrevivem e resistem a um tempo feito de cliques e Bytes.
Canto Turdus Merula
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