domingo, 4 de março de 2007

Surpresa

[Algures no Oeste, 2006, FF]

"Tudo é tão casual. Somos tanto a invenção de nós em cada momento. Tudo é tão em nós uma fortuita conjugação de astros. Somos tão surpresa para nós próprios. Para a coragem ou o amor ou a verdade ou mesmo a inteligência. Ou o simples estar vivo."

Vergílio Ferreira, in 'Pensar'

17 comentários:

rui disse...

Olá Estranha Pessoa

Tudo é tão casual e feito de momentos únicos.

Linda imagem!
É uma daquelas que nos deixam "aparvalhados", sem capacidade de reacção.

Grande abraço
o senhor do mar

João Filipe Ferreira disse...

que lindo....a imagem deslumbrante e um texto magnifico...
espero que tenhas tido um domingo fantástico como a tua alma:)
beijinho enorme

Magia disse...

É o casual que encanta o nosso viver...

Tudo É até deixar de SER!
O sorriso é lágrima...
...e a lágrima é sorriso num ápice...

Tudo é tão casual e fugaz como as cores que pintaram o céu no dia em que fizeste "click" nesse céu...nunca mais o verás assim!!!!

...

Aquele abraçoooooo com sentir de acaso!!!

Hasat ames abub ;)
(depois explico!)

as velas ardem ate ao fim disse...

(RE)Inventamo nos todos os dias!

bjinhos

OLHAR VAGABUNDO disse...

tudo é tão casual....
olhei ontem a minha volta,e tudo era chato e sem vida,mas eles respiravam....
beijo vagabundo

OLHAR VAGABUNDO disse...

...sabes a pergunta que fiz a mim próprio foi...mas porque tolero eu isto,mas porque não grito...sabes,talvez esteja a ser devorado pela falta de interesse das coisas,mas não quero ser mais um ...
tou chato...

OLHAR VAGABUNDO disse...

como te percebo....

OLHAR VAGABUNDO disse...

como te percebo....

OLHAR VAGABUNDO disse...

já agora,não deviamos estar no mesmo sitio,pois conheço os olhares das pessoas interessantes,e não vi nenhum...
p.s.o meu post hoje,já vi que vais gostar....

OLHAR VAGABUNDO disse...

gostas da canção??:)
sabes,foi o primeiro album que me ofereceram(em cassete ainda)AUTOMATIC FOR THE PEOPLE e esta era a canção que abria o album:)
entre outras existia o everibody hurts:)
fico ás vezes tempos aqui sentado na cadeira só a ouvir esta canção:)

OLHAR VAGABUNDO disse...

o sõm
o cigarro
a loucura do fumo
os dedos desprendem a cinza
a cinza
a cinza
um olhar
um sentido perdido
onde estamos!
onde!
algures....
sozinhos talvez

OLHAR VAGABUNDO disse...

estranhos nós!??
talvez não,talvez apenas vivos...

OLHAR VAGABUNDO disse...

estás nada chata....
é um prazer enorme falar contigo....
ou se calhar uma conversa entre dois chatos seja agradavel...
:)

OLHAR VAGABUNDO disse...

eu jeito de saída,pois o sono vence-me...
e não vai a cinza tomar conta de nós?
:)bem adorei este bocado:)e não fiques com a impressão de ser uma pessoa cinzenta e triste,pois sou ....
beijo vagabundo para outra vagabundo que encontrei hoje numa rua....

Isabel disse...

Sabes acho o contrário que tudo é tão pouco casual, tudo é tão pouco por acaso, que por isso a casualidade tanto nos deslumbra.

Ambicionamos tanto inventar-nos e construir-nos porque sabemos que tanta coisa previamente determina aquilo que somos que ambicionamos poder ter a nossa dose de interferência...
Os astros não estão conjugados ao acaso por isso quando eles determinanm os nossos actos sentimentos, estados emocionais ou de alma, não é o acaso mas sim a lei perfeita e em permanente reconstrução da natureza...

Mas há acasos... excepções... momentos sublimes e puramente ocasionais... o sol não se pôe por acaso, mas não é maravilhoso pensar que pr acaso eu e tu podemos estar no mesmo momento a admirar o mesmo pôr de sol. Ou pensar que alguem com quem te vens a cruzar um dia na vida terá um dia estado a admirar o nascer do sol algures no mundo enquanto tu noutra zona admiravas o sol a pôr-se... NÃO É ESTA A BELEZA DA VIDA?
Mas sera acaso?
Será que os astros se conjugaram fortuitamente?
Será por acaso que Virgilio Ferreira escreveu este texto e eu e tu pensamos sobre o assunto, escrevemos sobre o assunto?
A verdade é que esse acaso, ou não nos fez estar em sintonia e nem nos conhecemos.

Eu como sabes pelos meus textos, acredito que fios invisiveis nos movem, nos ligam, nos indicam caminhos, provocam cruzamentos. Acredito que podemos movimentar esses fios com a nossa vontade e a nossa força até ao limite em que as forças do universo nos deixam para alem daíjá nada está nas nossas mãos.

Por isso adoro maravilha casual ou não de estar viva e aqui...!

Estive a ler muitos textos teus, dediquei tenpo a olhar-te e a ver e, Estranha, gostei muito do que os meus olhos viram...

Até breve

Isabel

Isabel disse...

Acabei de ler que o "Clube dos poetas mortos" é um dos teus filmes de eleição, tambem o é para mim por isso aqui te deixo uma oferta poema tambem do mesmo filme do maravilhoso Walt Wihtman:

O Me! O Life
O ME! O life! of the questions of these recurring,
Of the endless trains of the faithless, of cities fill’d with the foolish,
Of myself forever reproaching myself, (for who more foolish than I, and who more
faithless?)
Of eyes that vainly crave the light, of the objects mean, of the struggle ever renew’d,
Of the poor results of all, of the plodding and sordid crowds I see around me,
Of the empty and useless years of the rest, with the rest me intertwined,
The question, O me! so sad, recurring - What good amid these, O me, O life?
Answer.
That you are here - that life exists and identity,
That the powerful play goes on, and you may contribute a verse.

( de Leaves of Grass, de Walt Whitman)

Espero que gostes.

De uma amante da vida para outra...

Que quando a morte chegar tenhamos contribuido com um verso!

Isabel

Estranha pessoa esta disse...

Gostei muito, mesmo muito desta oferta.
E da tua atenção. MESMO!

E toma lá um Miocárdio e não digas que vais daqui ;)

E tal como dizes:
Que quando a morte chegar tenhamos contribuido com um verso!

Um abraço muito grande para ti **