sábado, 25 de maio de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
“Assuntos
inacabados são impedimentos entre os vivos e entre os mortos. Essa é outra
forma de compreendermos o karma – são rastros que deixamos. Para que você possa
desembocar no oceano, esses rastros precisam ser apagados. Para sustentar a
presença é preciso estar liberado do passado. E você somente se liberta do
passado se harmonizando com ele.”
Sri Prem Baba
Sri Prem Baba
terça-feira, 14 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
domingo, 5 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
"Só foste para eu perceber que os outros amores são amores pequenos, amores pequenos demais para poderem, nem que ao de leve, beliscar o que nos une. Só foste para que a vida pudesse, sem que tu pudesses impedi-lo, o...ferecer-me a certeza de que tenho as decisões na minha mão. As decisões existem para ser tomadas. Por mim. Agora é por mim. Agora, que te foste, sou eu que defino o que fazer com aquilo que a vida definiu fazer-me.
Não interessa o que a vida nos faz quando sabemos exactamente aquilo que queremos fazer com ela."
Não interessa o que a vida nos faz quando sabemos exactamente aquilo que queremos fazer com ela."
terça-feira, 30 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
"A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...
TUDO BEM!
O que a gente não... pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.
Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos."
Chico Xavier
A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...
TUDO BEM!
O que a gente não... pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.
Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos."
Chico Xavier
sexta-feira, 12 de abril de 2013
O amor é fodido
“O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido. (…)
Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo.”
Miguel Esteves Cardososegunda-feira, 1 de abril de 2013
domingo, 31 de março de 2013
sexta-feira, 29 de março de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
"Os amantes de hoje preferem a droga mais leve, o tabaco mais light ou o café descafeinado. Já ninguém quer ficar pedrado de amor ou sofrer de uma overdose de paixão. As emoções fortes são fracas e as próprias fraquezas revelam-se mais fortes. Os amantes, esses, são igualmente namorados da monotonia e amigos íntimos da disciplina. O que está fora de controlo causa-lhes confusão, e afecta-lhes uma certa zona do cérebro, mas quase nunca lhes toca o coração. O amor devia ser sonhado e devia fazê-los voar; em vez disso é planeado, e quanto muito, fá-los pensar. Sobre o amor não se tem controlo." Rogério Gouveia Fernandes
terça-feira, 26 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
''
A distância ensina , que o amor é totalmente sem fronteiras. Não existe limites
para o amor, chega um momento que a alma precisa suportar a saudade, e somente
através do amor isso acontece. Onde há amor não existe nenhum tipo de
sofrimento sentimental, tudo o que está distante passa estar dentro. Há
encontros , e beijos que talvez não voltam mais , acontecer na terra. Todo amor
é pela metade, a outra metade viveremos no Céu, o amor está escrito para sempre.
Você precisará atravessar o lago da Solidão, muitas vezes o silêncio deve ser a
sua resposta, o tempo é muito generoso, mantenha a paciência, não deseje nada
além de amar, não se espelhe nos outros, não se importe com aqueles que estão com pressa. Continue seguindo a sua intuição e não tenha medo dela, apenas a
escute.'' Rhenan Carvalho
domingo, 24 de março de 2013
Abre os olhos. Agora mesmo. Abre-os.
E percebe que falhaste. Falhaste quando desististe de ousar falhar. Falhaste
quando vendeste aos teus filhos, aos teus primos, aos teus pais, aos teus tios,
aos teus irmãos e a toda a gente que te rodeia a ideia de que não deveriam
ousar falhar, de que não deveriam olhar para a frente e andar sem saber o que
está à frente. Falhaste. Falhaste quando preferiste ficar nesse emprego de
bosta – das 9 às 18h – mesmo sabendo que nesse emprego de bosta só podes ter
uma vida de bosta. Falhaste quando pudeste, um dia, gritar numa reunião,
flatular-te num elevador, arrotar num jantar de negócios – e não o fizeste.
Falhaste quando voltaste para trás no exacto momento em que estavas à frente de
uma alienação, à entrada de uma insânia. Falhaste. Falhaste quando abdicaste de
namorar com a tua mulher só porque ela é tua mulher, quando não a levaste para
aquele motel à beira da estrada só porque temeste ser vulgar. Falhaste. Quando
se recua no momento de fazer o que tanto pode ser riso sem igual como lágrima
fatal falha-se. E tu falhaste. E continuas a falhar. Continuas nesse emprego de
bosta, nessa vida de bosta, nessa vida de casa-trabalho, trabalho-casa - com
uma telenovela e um jogo de futebol pelo meio. Falhaste quando preferiste ficar
a meio, ser quase-feliz, ser quase-gente, ser quase-ilusão. Quase que falhaste
quando falhaste – e falhaste mesmo. E até nisso, na forma como falhaste, foste
poucochinho. Falhaste em pequeno, falhaste em curto, falhaste por medo de
falhar. Seu falhado pequenito.
Pedro Chagas Freitas
quinta-feira, 14 de março de 2013
suspiro
"É tempo. É tempo de ainda ires a tempo. (...) Porque o tempo, se não sabes deverias saber, apenas se mede em suspiros. Há quanto tempo deste o teu último?"
Pedro Freitas
segunda-feira, 11 de março de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
im|possível
Estava cansada. Naquele dia não tinha conseguido boleia, estava no interior da ilha e queria chegar antes de anoitecer à capital. Depois de uma longa caminhada, cheguei à cidade pelo entardecer. Deambulava pela marginal, sentia aquele por de sol…. Aquele que só África sabe ter.
Zezito estava sentado sobre uma embarcação. De pernas cruzadas, olhar no horizonte. À sua direita a irmã. Na areia dois amigos, faziam malabarismos e sobre o areal. Pinos e mais pinos. Sentei-me perto... do Zezito. Perguntou-me o que eu fazia ali sozinha. Disse-lhe que tentava respirar. Sorrir. Viver.
Zezito tem dez anos, mas um discurso coerente, pausado. A mãe, Esmeralda, vende tecidos no largo do mercado. Se viermos de norte, fica do lado esquerdo, no muro perpendicular ao mercado.
Pergunto-lhe do país, do seu país… o que ele gostaria de mudar. Zezito responde, a escola. Uma escola para todos e não apenas para os que são amigos dos políticos. Foram as suas palavras. Assim. A seco.
Depois da escola e em muitos dias, na hora da escola. Zezito pega num carrinho de fazer pipocas e vai vender para o tal largo do mercado.
Sempre que falava comigo, não descuidava dos movimentos da irmã. Chamando quando a menina ia para a beira da estrada, ou se tentava ir para o mar. Diz-me que é assim, que ele tem que cuidar da irmã, porque a mãe é meio… descuidada e que às vezes esquecia-se um bocadinho deles.
Zezito pergunta-me o que tenho dentro da mochila, digo-lhe que tenho alguma roupa, uma ardósia e uma máquina de tirar fotografias.
Gostava de escrever uma mensagem para Portugal na tua ardósia, deixas-me? E eu deixei.
“Pai eu quero que você venha a S.T. por favor eu quero te conhecer e você quando me conhecer vai ficar feliz. Tu és bem vindo a S.T.” Zezito Frota
Aquando a gravidez de Esmeralda, o pai de Zézito rumou a Portugal. Quando conheci o Zézito estas foram as suas palavras: "Filipa quando fores a Portugal, olhas para todos os homens e o que tiver a minha cara é o meu pai, e o que tiver a minha cara é o meu pai, e mostras esta fotografia." E num sorriso ainda diz "Quando ele me conhecer vai ser feliz".
Pelo bonito ser humano que Zezito é, merecia mais que um grande abraço meu. Convidei-o para almoçar no outro dia. Zezito aceitou mas com uma condição, que o almoço tinha que ser também para a irmã.
Digo-lhe que tenho pouco dinheiro, expliquei-lhe que não consigo levantar dinheiro no país, que só existe uma caixa multibanco no hotel grande da cidade, e que estes não me deixaram entrar.
Zézito diz que não quer que eu gaste dinheiro com eles. Explico-lhe que faço todo o gosto em levar-lhe a um restaurante, a ele e à sua mana. Zezito sugeriu que pedíssemos apenas um prato e que dividíssemos a comida por nós três.
No outro dia, a meio da manhã encontrei o Zezito no mesmo sítio, na mesma embarcação. Tornou-me a lembrar para não me esquecer da fotografia, e do pai. E que gostava que o pai fosse feliz.
Zezito, és tão grande meu amigo. Tão grande, e às vezes nós somos tão pequeninos. Como pequeninos foram as pessoas que estavam no restaurante. Não queriam o Zezito e a mana no restaurante. Porque estavam sujos, e porque não sabiam comer com talheres. Respondi-lhes qual era a diferença entre mim e as crianças. Visto eu nesse dia, ter dormido na rua, não ter tomado banho, e que se me apetecesse comer com as mãos, comia. Lá cederam. O Zezito não queria entrar, quase a chorar disse-me que não queria que eu ralhasse com as pessoas por causa deles.
Expliquei-lhe que às vezes uma pessoa tem que ralhar com as outras, para as outras relembrarem que somos todos iguais. Todos com o sangue vermelho e um coração.
Foi mais difícil de convencer Zezito a entrar no restaurante do que convencer as pessoas que o Zezito e a irmã tinham todo o direito de estar ali.
Zezito nunca tinha ido a um restaurante.
Sentou-se. Levantou-se de seguida, pegou a irmã pela mão, e dirigiu-se à casa de banho. Esteve largos minutos a lavar a cara e as mãos. Dele e da irmã.
Pedimos carne grelhada. Arroz e batatas fritas. Dividi por nós os três. Disse-lhes que podiam comer à mão, ou se quisessem eu ensinava-os a comer de talheres. Mas o frango meus amigos, sabe mesmo bem é mão. Seja na Europa, em África, em casa ou num restaurante.
Antes de comer, Zezito pegou nas nossas mãos e pediu-me se podia fazer uma oração. Acenei que sim: “Deus obrigada por esta comida, e pela Filipa.” E eu, confesso que chorei. Com o coração todo.
Obrigada eu, Zezito. Por existires. Por seres quem és. Por teres esse coração do tamanho deste e do outro mundo.
Partilhem a fotografia do Zezito. Façam-na correr este mundo e o outro.
O sonho desta criança é conhecer o pai que nunca viu.
E num sorriso ainda diz: "Quando ele me conhecer vai ser feliz".
O impossível às vezes acontece.
E quando acontece, é tão bonito.
Zezito tem dez anos, mas um discurso coerente, pausado. A mãe, Esmeralda, vende tecidos no largo do mercado. Se viermos de norte, fica do lado esquerdo, no muro perpendicular ao mercado.
Pergunto-lhe do país, do seu país… o que ele gostaria de mudar. Zezito responde, a escola. Uma escola para todos e não apenas para os que são amigos dos políticos. Foram as suas palavras. Assim. A seco.
Depois da escola e em muitos dias, na hora da escola. Zezito pega num carrinho de fazer pipocas e vai vender para o tal largo do mercado.
Sempre que falava comigo, não descuidava dos movimentos da irmã. Chamando quando a menina ia para a beira da estrada, ou se tentava ir para o mar. Diz-me que é assim, que ele tem que cuidar da irmã, porque a mãe é meio… descuidada e que às vezes esquecia-se um bocadinho deles.
Zezito pergunta-me o que tenho dentro da mochila, digo-lhe que tenho alguma roupa, uma ardósia e uma máquina de tirar fotografias.
Gostava de escrever uma mensagem para Portugal na tua ardósia, deixas-me? E eu deixei.
“Pai eu quero que você venha a S.T. por favor eu quero te conhecer e você quando me conhecer vai ficar feliz. Tu és bem vindo a S.T.” Zezito Frota
Aquando a gravidez de Esmeralda, o pai de Zézito rumou a Portugal. Quando conheci o Zézito estas foram as suas palavras: "Filipa quando fores a Portugal, olhas para todos os homens e o que tiver a minha cara é o meu pai, e o que tiver a minha cara é o meu pai, e mostras esta fotografia." E num sorriso ainda diz "Quando ele me conhecer vai ser feliz".
Pelo bonito ser humano que Zezito é, merecia mais que um grande abraço meu. Convidei-o para almoçar no outro dia. Zezito aceitou mas com uma condição, que o almoço tinha que ser também para a irmã.
Digo-lhe que tenho pouco dinheiro, expliquei-lhe que não consigo levantar dinheiro no país, que só existe uma caixa multibanco no hotel grande da cidade, e que estes não me deixaram entrar.
Zézito diz que não quer que eu gaste dinheiro com eles. Explico-lhe que faço todo o gosto em levar-lhe a um restaurante, a ele e à sua mana. Zezito sugeriu que pedíssemos apenas um prato e que dividíssemos a comida por nós três.
No outro dia, a meio da manhã encontrei o Zezito no mesmo sítio, na mesma embarcação. Tornou-me a lembrar para não me esquecer da fotografia, e do pai. E que gostava que o pai fosse feliz.
Zezito, és tão grande meu amigo. Tão grande, e às vezes nós somos tão pequeninos. Como pequeninos foram as pessoas que estavam no restaurante. Não queriam o Zezito e a mana no restaurante. Porque estavam sujos, e porque não sabiam comer com talheres. Respondi-lhes qual era a diferença entre mim e as crianças. Visto eu nesse dia, ter dormido na rua, não ter tomado banho, e que se me apetecesse comer com as mãos, comia. Lá cederam. O Zezito não queria entrar, quase a chorar disse-me que não queria que eu ralhasse com as pessoas por causa deles.
Expliquei-lhe que às vezes uma pessoa tem que ralhar com as outras, para as outras relembrarem que somos todos iguais. Todos com o sangue vermelho e um coração.
Foi mais difícil de convencer Zezito a entrar no restaurante do que convencer as pessoas que o Zezito e a irmã tinham todo o direito de estar ali.
Zezito nunca tinha ido a um restaurante.
Sentou-se. Levantou-se de seguida, pegou a irmã pela mão, e dirigiu-se à casa de banho. Esteve largos minutos a lavar a cara e as mãos. Dele e da irmã.
Pedimos carne grelhada. Arroz e batatas fritas. Dividi por nós os três. Disse-lhes que podiam comer à mão, ou se quisessem eu ensinava-os a comer de talheres. Mas o frango meus amigos, sabe mesmo bem é mão. Seja na Europa, em África, em casa ou num restaurante.
Antes de comer, Zezito pegou nas nossas mãos e pediu-me se podia fazer uma oração. Acenei que sim: “Deus obrigada por esta comida, e pela Filipa.” E eu, confesso que chorei. Com o coração todo.
Obrigada eu, Zezito. Por existires. Por seres quem és. Por teres esse coração do tamanho deste e do outro mundo.
Partilhem a fotografia do Zezito. Façam-na correr este mundo e o outro.
O sonho desta criança é conhecer o pai que nunca viu.
E num sorriso ainda diz: "Quando ele me conhecer vai ser feliz".
O impossível às vezes acontece.
E quando acontece, é tão bonito.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Coração
"Tem a coragem de seguir o teu coração e a tua intuição. Eles já sabem o que tu realmente desejas. Todo resto é secundário."
Steve jobs
Steve jobs
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Astro
Émile Durkheim, Karl Marx ou até os próprios Romanos, dissecaram sobre a divisão da sociedade.
Eu cá, que penso e sinto tudo de ‘pernas para o ar’, tenho para mim que existem apenas duas divisões. As pessoas que valem a pena. E as que não valem a pena.
Gosto muito das que valem a pena. Disso e do Carnaval de Torres Vedras.
E é por causa disso que a partir de uma certa altura deixamos as rodinhas, ...e a nossa bicicleta fica apenas com duas rodas. Ficamos apenas com o essencial.
Eu não tenho nada contra, a ir na marginal e ver alguém com uma bicicleta de rodinhas. Desde que não me chateie a corrida. É que o Carnaval são três dias, mas de vez a vez fora das digamos… épocas festivas, temos que aguentar com cada palhaço …que por amor à santa.
Boa noite,
Chamo-me estranha pessoa esta. E a minha bicicleta é da marca astro.
Eu cá, que penso e sinto tudo de ‘pernas para o ar’, tenho para mim que existem apenas duas divisões. As pessoas que valem a pena. E as que não valem a pena.
Gosto muito das que valem a pena. Disso e do Carnaval de Torres Vedras.
E é por causa disso que a partir de uma certa altura deixamos as rodinhas, ...e a nossa bicicleta fica apenas com duas rodas. Ficamos apenas com o essencial.
Eu não tenho nada contra, a ir na marginal e ver alguém com uma bicicleta de rodinhas. Desde que não me chateie a corrida. É que o Carnaval são três dias, mas de vez a vez fora das digamos… épocas festivas, temos que aguentar com cada palhaço …que por amor à santa.
Boa noite,
Chamo-me estranha pessoa esta. E a minha bicicleta é da marca astro.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Eleições
Já era de noite em São
João dos Angolares, na costa leste da ilha de São Tomé, distrito de Caué.
Noite cerrada, quase sem lusco-fusco. Eu vinha do lado da
capital, Cristopher do interior, da mata, esteve todo o dia a fotografar
insectos, e nem se apercebeu que naquele domingo tinha sido as eleições. Mas
sobre Cristopher, filósofo Holandês, partilho noutra altura.
As eleições em África é qualquer coisa de não descritível. É
ir lá. E ver. Os cidadãos são premiados com dinheiro ou até motos, pelo voto. E
quando vão votar levam um carimbo na mão, para que os apoiantes dos partidos
saibam que aquela pessoa já votou e assim fazerem o que têm a fazer das piores
maneiras.
É impressionante o quanto o iletrismo, é um factor
importante para estes políticos, já dizia não sei quem, que o pior inimigo de
um político é a sabedoria do povo. Fora da capital reina o iletrismo e todas as
más consequências deste.
À medida que fui descendo aquela canada cor da terra que só
África sabe ter… várias crianças vieram ao meu encontro, só queriam um abraço,
um colo. É. Só queriam um colo. Passei o centro da vila com onze crianças. Uma
em cada dedo da minha mão, e ainda uma outra agarrada à minha cintura. É
provavelmente uma das melhores imagens e sentimentos que tenho das minhas
viagens, e também, das minhas memórias. Porque são daqueles sentimentos que não
se descrevem. Não há adjectivos. Léxico que chegue. Sente-se. E pronto. E
basta.
Quando paramos na praça, um homem dos seus trinta anos,
encostou uma arma à minha cintura e diz: “Só passas desta praça com vida,
porque estás com as nossas crianças. Uma branca, sozinha aqui em dia de
eleições. Ou não sabes o que se passa, ou estás a armar-te em valente.”
Eu sabia exactamente o que se passava. Mas arrisquei. Confesso,
quando senti o cano da arma na cintura, tremi. Suei. Mas sorri e só disse.
Estou na paz, só vim dar uns quantos abraços às crianças. Ele retirou a arma da
minha cintura, colocou-a em cima do ombro e disse, tens uma hora para sair
daqui. E eu tive mais um dia. Quem me deu almoço no dia seguinte? A família desse
homem. A vida tem coisas fantásticas. Não tem?
[ No clicar, algumas das onze crianças]
[Mãe, se leste este post, desculpa qualquer coisa, mas eu
gosto é de viver assim]
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
"E é só depois, quando já tens o que não celebraste não ter, que fazes tudo para voltares a não ter o que não tiveste tanto tempo sem ligar a ponta de um chavelho. E é só depois, quando já tens o que não celebraste não ter, que percebes, talvez tarde demais, que deverias ter festejado o que não tinhas. Valorizar é a única forma de te valorizares. Valorizar o que te acontece e o que não te acontece é a única forma de te valorizares enquanto a vida que acontece. Porque o que não te acontece também é algo que te acontece. Não entendeste? Acontece." Pedro Chagas
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