sexta-feira, 12 de abril de 2013

O amor é fodido

 



“O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido. (…)
Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo.”
 
   Miguel Esteves Cardoso

domingo, 31 de março de 2013

sábado, 30 de março de 2013


"Não se nasce mulher: torna-se."

sexta-feira, 29 de março de 2013

quinta-feira, 28 de março de 2013


"Os amantes de hoje preferem a droga mais leve, o tabaco mais light ou o café descafeinado. Já ninguém quer ficar pedrado de amor ou sofrer de uma overdose de paixão. As emoções fortes são fracas e as próprias fraquezas revelam-se mais fortes. Os amantes, esses, são igualmente namorados da monotonia e amigos íntimos da disciplina. O que está fora de controlo causa-lhes confusão, e afecta-lhes uma certa zona do cérebro, mas quase nunca lhes toca o coração. O amor devia ser sonhado e devia fazê-los voar; em vez disso é planeado, e quanto muito, fá-los pensar. Sobre o amor não se tem controlo."  Rogério Gouveia Fernandes

terça-feira, 26 de março de 2013


"Não existe esquecer, mas uma forma diferente de compreensão das coisas e dos acontecimentos. "
Marli Machado

segunda-feira, 25 de março de 2013


'' A distância ensina , que o amor é totalmente sem fronteiras. Não existe limites para o amor, chega um momento que a alma precisa suportar a saudade, e somente através do amor isso acontece. Onde há amor não existe nenhum tipo de sofrimento sentimental, tudo o que está distante passa estar dentro. Há encontros , e beijos que talvez não voltam mais , acontecer na terra. Todo amor é pela metade, a outra metade viveremos no Céu, o amor está escrito para sempre. Você precisará atravessar o lago da Solidão, muitas vezes o silêncio deve ser a sua resposta, o tempo é muito generoso, mantenha a paciência, não deseje nada além de amar, não se espelhe nos outros, não se importe com aqueles que estão com pressa. Continue seguindo a sua intuição e não tenha medo dela, apenas a escute.'' Rhenan Carvalho

domingo, 24 de março de 2013



Abre os olhos. Agora mesmo. Abre-os. E percebe que falhaste. Falhaste quando desististe de ousar falhar. Falhaste quando vendeste aos teus filhos, aos teus primos, aos teus pais, aos teus tios, aos teus irmãos e a toda a gente que te rodeia a ideia de que não deveriam ousar falhar, de que não deveriam olhar para a frente e andar sem saber o que está à frente. Falhaste. Falhaste quando preferiste ficar nesse emprego de bosta – das 9 às 18h – mesmo sabendo que nesse emprego de bosta só podes ter uma vida de bosta. Falhaste quando pudeste, um dia, gritar numa reunião, flatular-te num elevador, arrotar num jantar de negócios – e não o fizeste. Falhaste quando voltaste para trás no exacto momento em que estavas à frente de uma alienação, à entrada de uma insânia. Falhaste. Falhaste quando abdicaste de namorar com a tua mulher só porque ela é tua mulher, quando não a levaste para aquele motel à beira da estrada só porque temeste ser vulgar. Falhaste. Quando se recua no momento de fazer o que tanto pode ser riso sem igual como lágrima fatal falha-se. E tu falhaste. E continuas a falhar. Continuas nesse emprego de bosta, nessa vida de bosta, nessa vida de casa-trabalho, trabalho-casa - com uma telenovela e um jogo de futebol pelo meio. Falhaste quando preferiste ficar a meio, ser quase-feliz, ser quase-gente, ser quase-ilusão. Quase que falhaste quando falhaste – e falhaste mesmo. E até nisso, na forma como falhaste, foste poucochinho. Falhaste em pequeno, falhaste em curto, falhaste por medo de falhar. Seu falhado pequenito.

Pedro Chagas Freitas

quinta-feira, 14 de março de 2013

suspiro


"É tempo. É tempo de ainda ires a tempo. (...) Porque o tempo, se não sabes deverias saber, apenas se mede em suspiros. Há quanto tempo deste o teu último?"

Pedro Freitas

segunda-feira, 11 de março de 2013

domingo, 24 de fevereiro de 2013

im|possível









Estava cansada. Naquele dia não tinha conseguido boleia, estava no interior da ilha e queria chegar antes de anoitecer à capital. Depois de uma longa caminhada, cheguei à cidade pelo entardecer. Deambulava pela marginal, sentia aquele por de sol…. Aquele que só África sabe ter.
Zezito estava sentado sobre uma embarcação. De pernas cruzadas, olhar no horizonte. À sua direita a irmã. Na areia dois amigos, faziam malabarismos e sobre o areal. Pinos e mais pinos. Sentei-me perto... do Zezito. Perguntou-me o que eu fazia ali sozinha. Disse-lhe que tentava respirar. Sorrir. Viver.
Zezito tem dez anos, mas um discurso coerente, pausado. A mãe, Esmeralda, vende tecidos no largo do mercado. Se viermos de norte, fica do lado esquerdo, no muro perpendicular ao mercado.
Pergunto-lhe do país, do seu país… o que ele gostaria de mudar. Zezito responde, a escola. Uma escola para todos e não apenas para os que são amigos dos políticos. Foram as suas palavras. Assim. A seco.
Depois da escola e em muitos dias, na hora da escola. Zezito pega num carrinho de fazer pipocas e vai vender para o tal largo do mercado.
Sempre que falava comigo, não descuidava dos movimentos da irmã. Chamando quando a menina ia para a beira da estrada, ou se tentava ir para o mar. Diz-me que é assim, que ele tem que cuidar da irmã, porque a mãe é meio… descuidada e que às vezes esquecia-se um bocadinho deles.
Zezito pergunta-me o que tenho dentro da mochila, digo-lhe que tenho alguma roupa, uma ardósia e uma máquina de tirar fotografias.
Gostava de escrever uma mensagem para Portugal na tua ardósia, deixas-me? E eu deixei.
“Pai eu quero que você venha a S.T. por favor eu quero te conhecer e você quando me conhecer vai ficar feliz. Tu és bem vindo a S.T.” Zezito Frota
Aquando a gravidez de Esmeralda, o pai de Zézito rumou a Portugal. Quando conheci o Zézito estas foram as suas palavras: "Filipa quando fores a Portugal, olhas para todos os homens e o que tiver a minha cara é o meu pai, e o que tiver a minha cara é o meu pai, e mostras esta fotografia." E num sorriso ainda diz "Quando ele me conhecer vai ser feliz".
Pelo bonito ser humano que Zezito é, merecia mais que um grande abraço meu. Convidei-o para almoçar no outro dia. Zezito aceitou mas com uma condição, que o almoço tinha que ser também para a irmã.
Digo-lhe que tenho pouco dinheiro, expliquei-lhe que não consigo levantar dinheiro no país, que só existe uma caixa multibanco no hotel grande da cidade, e que estes não me deixaram entrar.
Zézito diz que não quer que eu gaste dinheiro com eles. Explico-lhe que faço todo o gosto em levar-lhe a um restaurante, a ele e à sua mana. Zezito sugeriu que pedíssemos apenas um prato e que dividíssemos a comida por nós três.
No outro dia, a meio da manhã encontrei o Zezito no mesmo sítio, na mesma embarcação. Tornou-me a lembrar para não me esquecer da fotografia, e do pai. E que gostava que o pai fosse feliz.
Zezito, és tão grande meu amigo. Tão grande, e às vezes nós somos tão pequeninos. Como pequeninos foram as pessoas que estavam no restaurante. Não queriam o Zezito e a mana no restaurante. Porque estavam sujos, e porque não sabiam comer com talheres. Respondi-lhes qual era a diferença entre mim e as crianças. Visto eu nesse dia, ter dormido na rua, não ter tomado banho, e que se me apetecesse comer com as mãos, comia. Lá cederam. O Zezito não queria entrar, quase a chorar disse-me que não queria que eu ralhasse com as pessoas por causa deles.
Expliquei-lhe que às vezes uma pessoa tem que ralhar com as outras, para as outras relembrarem que somos todos iguais. Todos com o sangue vermelho e um coração.
Foi mais difícil de convencer Zezito a entrar no restaurante do que convencer as pessoas que o Zezito e a irmã tinham todo o direito de estar ali.
Zezito nunca tinha ido a um restaurante.
Sentou-se. Levantou-se de seguida, pegou a irmã pela mão, e dirigiu-se à casa de banho. Esteve largos minutos a lavar a cara e as mãos. Dele e da irmã.
Pedimos carne grelhada. Arroz e batatas fritas. Dividi por nós os três. Disse-lhes que podiam comer à mão, ou se quisessem eu ensinava-os a comer de talheres. Mas o frango meus amigos, sabe mesmo bem é mão. Seja na Europa, em África, em casa ou num restaurante.
Antes de comer, Zezito pegou nas nossas mãos e pediu-me se podia fazer uma oração. Acenei que sim: “Deus obrigada por esta comida, e pela Filipa.” E eu, confesso que chorei. Com o coração todo.
Obrigada eu, Zezito. Por existires. Por seres quem és. Por teres esse coração do tamanho deste e do outro mundo.
Partilhem a fotografia do Zezito. Façam-na correr este mundo e o outro.
O sonho desta criança é conhecer o pai que nunca viu.
E num sorriso ainda diz: "Quando ele me conhecer vai ser feliz".
O impossível às vezes acontece.
E quando acontece, é tão bonito.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Coração


‎"Tem a coragem de seguir o teu coração e a tua intuição. Eles já sabem o que tu realmente desejas. Todo resto é secundário."

Steve jobs

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

domingo, 17 de fevereiro de 2013



"Tudo parece impossível até que seja feito." Nelson Mandela

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Arriscar o coração não é para todos


Astro


Émile Durkheim, Karl Marx ou até os próprios Romanos, dissecaram sobre a divisão da sociedade.
Eu cá, que penso e sinto tudo de ‘pernas para o ar’, tenho para mim que existem apenas duas divisões. As pessoas que valem a pena. E as que não valem a pena.
Gosto muito das que valem a pena. Disso e do Carnaval de Torres Vedras.
E é por causa disso que a partir de uma certa altura deixamos as rodinhas, ...e a nossa bicicleta fica apenas com duas rodas. Ficamos apenas com o essencial.
Eu não tenho nada contra, a ir na marginal e ver alguém com uma bicicleta de rodinhas. Desde que não me chateie a corrida. É que o Carnaval são três dias, mas de vez a vez fora das digamos… épocas festivas, temos que aguentar com cada palhaço …que por amor à santa.
Boa noite,
Chamo-me estranha pessoa esta. E a minha bicicleta é da marca astro.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Eleições


Já era de noite em  São João dos Angolares, na costa leste da ilha de São Tomé, distrito de Caué.

Noite cerrada, quase sem lusco-fusco. Eu vinha do lado da capital, Cristopher do interior, da mata, esteve todo o dia a fotografar insectos, e nem se apercebeu que naquele domingo tinha sido as eleições. Mas sobre Cristopher, filósofo Holandês, partilho noutra altura.

As eleições em África é qualquer coisa de não descritível. É ir lá. E ver. Os cidadãos são premiados com dinheiro ou até motos, pelo voto. E quando vão votar levam um carimbo na mão, para que os apoiantes dos partidos saibam que aquela pessoa já votou e assim fazerem o que têm a fazer das piores maneiras.

É impressionante o quanto o iletrismo, é um factor importante para estes políticos, já dizia não sei quem, que o pior inimigo de um político é a sabedoria do povo. Fora da capital reina o iletrismo e todas as más consequências deste.

À medida que fui descendo aquela canada cor da terra que só África sabe ter… várias crianças vieram ao meu encontro, só queriam um abraço, um colo. É. Só queriam um colo. Passei o centro da vila com onze crianças. Uma em cada dedo da minha mão, e ainda uma outra agarrada à minha cintura. É provavelmente uma das melhores imagens e sentimentos que tenho das minhas viagens, e também, das minhas memórias. Porque são daqueles sentimentos que não se descrevem. Não há adjectivos. Léxico que chegue. Sente-se. E pronto. E basta.

Quando paramos na praça, um homem dos seus trinta anos, encostou uma arma à minha cintura e diz: “Só passas desta praça com vida, porque estás com as nossas crianças. Uma branca, sozinha aqui em dia de eleições. Ou não sabes o que se passa, ou estás a armar-te em valente.”

Eu sabia exactamente o que se passava. Mas arrisquei. Confesso, quando senti o cano da arma na cintura, tremi. Suei. Mas sorri e só disse. Estou na paz, só vim dar uns quantos abraços às crianças. Ele retirou a arma da minha cintura, colocou-a em cima do ombro e disse, tens uma hora para sair daqui. E eu tive mais um dia. Quem me deu almoço no dia seguinte? A família desse homem. A vida tem coisas fantásticas. Não tem?

[ No clicar, algumas das onze crianças]

[Mãe, se leste este post, desculpa qualquer coisa, mas eu gosto é de viver assim]

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


"A sociedade frequentemente perdoa o criminoso, ela nunca perdoa o sonhador."
 

Oscar Wilde

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


"Se puderes, ajuda os outros; se não o puderes fazer, ao menos não lhes faças mal." Dalai Lama

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Entardecer | Hoje


Júlio este clicar é para si :)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Esperamos demasiado para fazer o que sentimos.
Esperamos pelas oito horas quando o sol já está no horizonte… e esquecemo-nos que ás três o sol está mesmo ali, nos nossos noventa graus.

Um céu sem cor?
Coloquem vocês a cor que quiserem…
..
Entardece em Amesterdão :)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

"E é só depois, quando já tens o que não celebraste não ter, que fazes tudo para voltares a não ter o que não tiveste tanto tempo sem ligar a ponta de um chavelho. E é só depois, quando já tens o que não celebraste não ter, que percebes, talvez tarde demais, que deverias ter festejado o que não tinhas. Valorizar é a única forma de te valorizares. Valorizar o que te acontece e o que não te acontece é a única forma de te valorizares enquanto a vida que acontece. Porque o que não te acontece também é algo que te acontece. Não entendeste? Acontece." Pedro Chagas


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012



Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague o seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

Fernando Pessoa 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


"Até prova em contrário, todas as coisas são possíveis - e mesmo o impossível talvez o seja apenas nesse momento." Pearl Buck

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cri|ar


"Arriscar tem a ver com confiança. Uma pessoa sem confiança vai tentar repetir, fazer igual aos outros, não cometer erros, que é uma ideia muito valorizada. Mas o erro está ligado à descoberta. É fundamental não ter medo nenhum do erro. O que é o erro? Eu tinha previsto ir numa determinada direcção e não fui, errei. O erro é encontrar alguma coisa, algo que se cruza com o novo, o criativo."

Gonçalo M. Tavares, in "Entrevista a MilFolhas (Público), em 8 Janeiro 2005"


sexta-feira, 30 de novembro de 2012


''Podes fechar os olhos para o que não queres ver,
mas não pode fechar o coração para o que não queres sentir.''

Demi Lovato

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

in|contar

 
 
 [Porto]
 
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado."

Albert Einstein

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

 
 [Ilha do Príncipe]

"E tu, sozinho e pensativo na tua dor,
procurarás a tua mãe,
e nestes braços esconderás o teu rosto;
no seio que nunca muda terás repouso."

Giuseppe Giusti

terça-feira, 27 de novembro de 2012

sábado, 24 de novembro de 2012

'Dê a quem você ama: asas para voar,
raízes para voltar e motivos para ficar.''
Dalai Lama


[Gare do Oriente | Lisboa ]

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ideia|s


[LX Factory | Lisboa]

"É muito importante que o homem tenha ideais. Sem eles, não se vai a parte alguma.
 No entanto, é irrelevante alcançá-los ou não.
É apenas necessário mantê-los vivos e procurar atingi-los."

Dalai Lama

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Abandono


[Caxias]

"Mas é exactamente isso que é supreendente em ti tu gostas de dar prazer. Gostas de fazer do teu corpo um objecto agradável, gostas de dar prazer com o teu próprio corpo: é precisamente isso o que os ocidentais já não conseguem fazer. Perderam completamente o sentimento da dádiva. Mesmo esforçando-se, não conseguem assumir o sexo como uma coisa natural. Além de terem vergonha do seu corpo, muito diferente do corpo das estrelas pornográficas, também não sentem uma verdadeira atracção pelo corpo dos outros. Ora, é impossível fazer amor sem um certo abandono, sem a aceitação, pelo menos temporária, de um certo estado de fraqueza e de dependência. Tanto a exaltação sentimental como a obsessão sexual têm a mesma origem, resultam ambas do esquecimento parcial do eu; é algo que não pode acontecer sem que a pessoa perca alguma coisa de si mesma. E nós tornámo-nos frios, racionais, extremamente conscientes dos nossos direitos e da nossa existência individual; primeiro que tudo, queremos evitar a alienação e a dependência; além disso, vivemos obcecados com a saúde e com a higiene: e não são essas as condições ideais para fazer amor."
Michel Houellebecq, in 'Plataforma'

terça-feira, 20 de novembro de 2012

domingo, 18 de novembro de 2012

Realmente Importante

 
[Praia do Guincho]
 
"Lembrar-me que inevitavelmente terei que morrer é a mais importante ferramenta que eu alguma vez encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas na vida. Porque praticamente tudo - todas as nossas expectativas externas, todo o nosso orgulho, todo o nosso medo do embaraço ou fracasso - todas estas coisas simplesmente caem em face da morte, deixando apenas aquilo que é realmente importante. Lembrares-te que mais cedo ou mais tarde vais morrer é a melhor forma que eu conheço de evitar a armadilha de que temos alguma coisa a perder. Nós já estamos nús. Não existe nenhuma razão para não seguirmos o nosso coração." Steve Jobs

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Lobachevskii


 
Imagina a Geometria de Euclides.
Aquela cuja duas linhas paralelas jamais se intersectam.
Agora imagina a Geometria de Lobachevskii.
Aquela cuja duas linhas paralelas se encontram no infinito.
Ora, pois.
É assim o esmaecimento do meu raciocínio.
Paralelo na razão.
E.
Intersecto no desejo.
Percebeste?
Ainda bem que não.
É que a ‘desinquietude’ não se entende.
Saboreia-se.

domingo, 21 de outubro de 2012

Gil Vicente

 
 
Às vezes existem viúvas-alegres, desmazeladas de ancas caídas e sobrolhos insípidos.
Às vezes há casais enfadonhos, risos contidos de mãos soltas.
Às vezes de pijamas caídos, mamilos esquecidos.
Destinos escolhidos.
Pior ainda. Do medo de e...
starem sozinhos.
Às vezes.
Tantas vezes é assim.
Fazem-se funerais sem corpos. Buracos sem terra. Jazigos sem portas.
E ainda o padre está no baptizado, e já se ouvem choros de velórios.
Vão-se embora com medo das lágrimas, dos soluços, do risco da retina.
Vão-se embora ainda com borbulhas por nascer. Barba por crescer. Patilhas por cortar.
Existem homens assim.
Que nascem do ventre da mãe, e que nunca chegam a ganhar os tomates do pai.
Às vezes existem mulheres católicas. Que se ajoelham por gente. Que nunca chegam a seres humanos.
É o que não falta para aí… tantos funerais assim.
De falsos artesões da vida.
De cadeiras duras. Bancos de madeira. Placitudes de vento.
Fecha-se a porta da igreja. Correntes de ar da vida.
Porque de mortes fundamentalistas está a Barca de Gil Vicente cheia.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012


"O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte." Gandhi

terça-feira, 16 de outubro de 2012

in|cansaço

"Porque é que é sempre nos momentos em que estamos mais cansados ou mais felizes que sentimos mais a falta das pessoas de quem amamos? O cansaço faz-nos precisar delas. Quando estamos assim, mais ninguém consegue tomar conta de nós. O cansaço é uma coisa que só o amor compreende." Miguel Esteves Cardoso