terça-feira, 29 de setembro de 2009

Não tenho partido. Gosto de tudo inteiro. Mas...

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[Algures no Douro, 2009, FF]
"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente
e pela mesma razão."
Eça de Queiroz

3 comentários:

Mαğΐα disse...

Também prefiro tudo inteiro! Sem linhas de partida e chegada, mas...


não é por acaso que as fraldas são descartáveis!


:D

Canto Turdus Merula disse...

Sim, preferível tudo inteiro ao fragmentado.

Mas o tudo feito como uma floresta precisa necessariamente da árvore, a imensidão da seara da semente, a grandiosidade do oceano da gota de água.

Porque parece que o tudo se fixa, de forma invisível, nas partes como delas emanasse.

Não sendo a parte ou/e as partes em si que fazem o todo e não sendo o tudo uma simples somas das partes, será então que o tudo ainda se soçobra a si próprio, emanando por sua vez nas partes? Encerrando-se no interior invisível das partes, para que nunca falte esse projecto da sublime transcendência do todo.

Como de um jogo enigmático e misterioso se tratasse, cada parte atraído paro o todo, não pelo movimento exterior mas por um impulso retido num interior invisível. Por um todo que precisa e depende das partes que no seu ápice de soçobrar a si próprio desprende-se espalhando na partes essa dimensão.
Cada parte procura todas as partes num movimento de também transcenderem a si próprias.

Numa outra lógica, que não aquela, parece que só se terá uma efectiva ideia do tudo se nela também tivermos que pensar que nela existe as partes. Ou seja ter uma ideia do todo só por si mesmo talvez seja difícil sem também colher na mesma uma ideia de partes.
Será, então, que só é possível compreender o todo numa perspectiva vinda das suas partes.

Vamos assim também partilhando esta particularidade do tudo por meio de universo amplo onde está todas as partes.

Canto Turdus Merula

mfc disse...

Eu gosto sempre de tomar partido... o que é diferente de ter um partido.