quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ponte|s



[Istambul, Turquia, Abril de 2010, FF]
Deixem-me que vos conte deste entardecer.
Foi um dos mais serenos que senti.
A cidade estava calma. Tranquila.
O astro rei colocava-se de mansinho do outro lado de um dos tantos ‘milharetes’ turcos.
Percorri algumas ruelas até chegar a esta ponte.
Pescadores de todas as idades.
Os cheiros. Aqueles cheiros e cores vão ficar para sempre aqui.
E o sol de mansinho, bem de mansinho conversava comigo.
Senti-me toda ali.
Sei que este meu ‘contar’ não faz qualquer sentido para vós.
Mas hoje em particular faz todo o sentido para mim.
Porque há decisões assim. Em que temos que ir buscar certas cores e cheiros para que tudo se torne mais claro.
Ou pelo menos, mais confiante.
Há pescas. E depois há as outras pescas.
E depois existem os iscos. E o sal. E os sonhos. E o risco. E no meio disto tudo, as decisões.
E de mansinho, bem de mansinho ouvir-nos a nós. Como se as veias fossem pontes.
As nossas.

1 comentário:

Mαğΐα disse...

Fizeste-me lembrar o Abrunhosa...

"que nunca caiam as pontes entre nós"